Monday, February 19, 2007


Aqui no Brasil, já sabe... Assisti a "Mais estranho que a ficção" (Stranger than fiction) esses dias atrás. Não que eu seja politicamente correta, mas não tenho paciência de baixar filmes na internet para vê-los antes da estréia. Além de mim, tinha apenas um cara (ou era mulher?) na sala de exibição. E olha que era o último dia em cartaz!
Não vi o final do filme (recebi uma ligação bem durante o clímax), mas ele me ajudou a me livrar um pouco mais do preconceito que tinha contra Will Ferrel. O primeiro filme que vi em que ele atua foi "A Feiticeira" (junto com o meu pai, que já conhecia a série; velhos adoram assistir e criticar refilmagens de clássicos). Nessa refilmagem, Ferrell recebeu duas indicações ao Framboesa de Ouro: de Pior Ator e de Pior Dupla, com Nicole Kidman. Pra completar, a maior parte de seus trabalhos está em séries americanas, mais um alvo fácil de críticas sem fundamentos.
A atenção ao meio ambiente é uma das formas mais eficazes de projetar o nome de um país no cenário internacional, diante da visibilidade e da importância crescente do tema ambiental.

Do site oficial do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel.
Que bom que não somos hipócritas, né...

Sunday, February 04, 2007

Nomes trocados

“Escola é um nome muito pesado para carregarmos.”

Essa foi a frase que o presidente da escola de samba que mencionei no post anterior proferiu, fazendo uma crítica de sua própria escola. Como também já disse, ele quer fazer funcionar no lugar um projeto social de oficinas diversas, mas não encontra apoio.

“Suponha que você tem uma filha que quer aprender percussão e more aqui por perto. Logo você pensaria: ‘nossa, mas tem uma escola de samba aqui perto!’. Aí você chegaria aqui e teríamos que te dizer: ‘não, senhora, aqui não ensinamos nada’”. A palavra “escola”, nesse caso, fica meio deslocada...

Aí ele me lembrou que, se você notar, todas (ou quase todas) as escolas de samba dos grandes centros do carnaval brasileiro têm um ou vários projetos sociais. Isso funciona para eles como filantropia e também para gerar uma certa renda - com o dinheiro de produtos de oficinas de crochê, por exemplo - que serviria para pagar algumas despesas da escola.

Aqui não tem escola de samba. Aqui tem produção de festas carnavalescas, que duram dois dias.

Friday, February 02, 2007

Sambalelê com alfinetadas

Hoje, entre minhas entrevistas cotidianas para o serviço, um cara daqueles que digo sempre que quero ser quando crescer, sabe aqueles que não vão passar pela vida despercebidos (ou pelo menos não deveriam), conversou comigo. Era pra fazer uma matéria simples, do tipo "qualvaiserosamba-enredodasuaescolaequalasuaexpectativa?" Ele é presidente de uma escola de samba local que acabou de se elevar para o grupo A (que ridículo, na cidade só tem seis escolas disputando) em mais um daqueles conjuntos abandonados pela administração local. E achei incrível o que ele quer fazer com o desfile da escola dele: transformar em um tipo de "acorda povo!".

Há cinco anos o cara, que também é presidente da associação de moradores do bairro, mandou para a prefeitura um projeto que ele queria desenvolver por lá. Quatorze oficinas para oferecer para crianças e adolescentes em "idade de risco", como ele disse, para que, em contra-turno, eles pudessem aprender alguma coisa como costura, bordado, hip-hop, dança, padaria, percussão, musicalização e outros que não me lembro agora.

Dizem que o projeto passou por várias secretarias, mas ninguém ainda aprovou. Ele me disse que lá, entre a comunidade deles, tem oficineiros dispostos (desde 2002!) a colocar o projeto em prática e até um barracão onde as oficinas seriam ministradas. O que eles precisavam era de apoio financeiro para reformar o barracão e para algum material necessário.

E então o que ele vai fazer: colocar a escola de samba na avenida esse ano com todo o povo do projeto virtual. As alas vão sustentar o símbolo da escola e sugerir tudo aquilo o que o projeto poderia estar realizando, mas não está (ainda não tem como dizer que tipo de decoração vai ser porque o recurso para tanto ainda não veio e os planos ficam ainda meio indefinidos). Vai ter a ala dos oficineiros, a ala dos dançarinos (fazendo alusão à oficina de dança que o projeto ia ter)... “Vai ser para mostrar à opinião pública o que queremos fazer”, disse.

E quem disse que carnaval é só bundalelê?
Tem mais coisa que me chamou a atenção nesse cara, mas isso eu conto depois.